Majestosa Eucaristia


Galeraaaaaa
Tudo firmeza na represa?
Por aqui tudo maravilha... graças a Deus...
Hoje tenho a honra de partilhar com vocês, pra quebrar o silêncio, um texto de um jovem amigo chamado Vitor... um camaradinha firmeza que tem convivido conosco no TLC e também com nosso ministério nos SacraTerços e tudo mais... dá uma olhada no que ele escreveu:


" O Cálice e a Hóstia eram um
Meu desejo também era com ele ser um
Ser um só coração, meu Senhor
O mesmo Sangue nas veias, Senhor
Tua Carne em minha Carne, Senhor
O Teu Sangue em meu Sangue, Senhor
...”
Essa era a música de pós-comunhão daquele chuvoso domingo. A capela era pequena. Não tinham mais de trinta pessoas, entre jovens e adultos, assistindo à missa, e apenas uma criança que se preparava para receber o Sacramento da Comunhão no domingo próximo.
Todas elas estavam em silêncio, escutando as últimas notas a serem dedilhadas no violão. Assim que cessou a música, ao contrário do costume, o Padre não rezou o “Oremos”. Levantou-se, acompanhado de toda a Assembléia, que também se levantara. Olhou fixo e rápido para cada rosto que o observava e perguntou: 
– Todos vocês reunidos aqui comungaram, com exceção daquela criança. – disse, enquanto apontava para o menino – Para receberem o Corpo e o Sangue de Cristo hoje, algum dia vocês devem ter feito o Sacramento da Comunhão! Estou certo?
Todos balançaram a cabeça, afirmativo. Apesar de atentas, nenhuma das pessoas entendia o que o Sacerdote queria dizer com todo aquele discurso.
– Pois se todos aqui que comungaram fizeram o Sacramento da Comunhão, algum dia, me respondam agora qual é a Importância da Primeira Eucaristia?
A Assembléia se calou. Todos se olhavam, assustados. Ninguém entendera aonde o Padre queria chegar com aquela história de “Primeira Eucaristia” e sua importância. Seria um susto? Uma brincadeira? Fosse o que fosse o Padre continuava flertando todos à espera de uma resposta.
De repente, o menino que ainda não havia comungado, se levantou, foi até o altar e pediu ao Padre, falando muito baixo, se poderia contar uma história a todos. Com um aceno afirmativo de cabeça, o Padre sentou-se seguido de sua Assembléia, permanecendo apenas o menino em pé. Aquela pequena criança, de voz baixa, começou: 
– Essa semana que se passou foi a minha última semana de catequese. Domingo próximo, eu e todos da minha turma faremos o Sacramento da Eucaristia. Estamos todos muito empolgados em vir receber o hóstia com vinho das mãos do Padre. Todos nós queremos muito, embora ninguém da minha sala saiba a importância desse acontecimento. E quando o Padre perguntou sobre esse assunto há pouco, eu percebi que ninguém dessa comunidade sabe a importância de fazermos a Primeira Eucaristia.
Toda a Assembléia estava cansada de ouvir a voz baixa daquele menino. “Imagine uma criança nos dar lição de moral”, pensavam os outros. Os cochichos corriam soltos pela pequena capela. O menino continuou: 
– Mais do que saber a Importância da Primeira Eucaristia, nós devemos senti-la, pois será ela o início de uma nova fase de nossa vida religiosa.
Ao dizer essas palavras, todos se calaram e olharam assustados para o menino. Ninguém entendia mais nada. O menino olhou para o Padre. Este lhe sorriu, satisfeito, e fez sinal para que continuasse. 
– Sim, é isso mesmo que eu disse. A Primeira Eucaristia marca o início de uma nova fase em nossa vida religiosa. Antes de recebermos o Sacramento da Comunhão, nós rezamos para Jesus e aprendemos sobre ele, para depois, nos fazermos um só junto dele. Afinal, comungar é isso: doarmo-nos ao Cristo para sermos um só. Como dizia a música “Ser um só coração... O mesmo Sangue nas veias... Tua Carne em minha Carne... O teu Sangue em meu Sangue”. E mais importante que saber tudo isso, nós precisamos sentir quando isso acontecer, pois nós seremos sempre parte do Cristo ao recebermos a comunhão.
O menino virou-se ao Padre, fez a vênia e voltou ao último banco, onde estava sentado. Todas as pessoas estavam pasmas. “Como um menino, que nem fez a Primeira Eucaristia, soube nos dizer palavras tão sábias?”.
O Padre se levantou, rezou o “Oremos” final, deu a bênção e saiu. A missa havia acabado. O menino voltou para sua casa, aliviado, e sem nenhum peso na consciência, ao contrário de todas as outras pessoas. Elas haviam aprendido, naquele domingo, com uma pequena criança, a Importância da Primeira Eucaristia, e a partir daquele domingo, fariam diferente. Todas as vezes que comungassem, elas sentiriam a presença do Cristo e se fariam um só com ele.


“...
E Estando unido a Ti
Esquecer-me de mim
Concedei que fique eternamente assim!”